24 março 2016

Deputada diz que ninguém falou sobre herdeira da Globo ser investigada

A deputada Moema Gramacho (PT-BA) disse nesta terça-feira (22) na Câmara dos Deputados que considera muito estranho o silêncio de seus colegas sobre o fato de que a Polícia Federal vai investigar uma das herdeiras da TV Globo, Paula Marinho Azevedo, filha de João Roberto Marinho, cujo nome consta em uma anotação apreendida na sede da empresa Mossack & Fonseca, em São Paulo. “Fico surpresa de ver a hipocrisia que reina aqui neste plenário. Eu não vi até agora nenhum deputado de oposição, que se diz defensor do combate à corrupção, falar que a Lava Jato chegou aos Marinho. Que a Lava Jato chegou a uma pessoa chamada Paula Marinho”, questionou a deputada. A reportagem do portal Viomundo refere que o documento manuscrito em que consta o nome Paula Marinho Azevedo representa o controle de saldo de uma conta bancária, com entradas e saídas. Ao lado do nome de Paula está o valor "+3.741" e um número (576764-15). A investigação deve checar se este número é de uma conta que pertence à própria Paula. Segundo a publicação, a Mossack mantem em funcionamento empresas de fachada e cobra taxas por isso. As empresas geralmente são utilizadas para ocultar patrimônio ou fazer dinheiro transitar até refúgios fiscais, onde os impostos são mais baixos. A reportagem teve acesso aos documentos e apurou que três empresas situadas em paraísos fiscais estão associadas à empresa Glem, do marido de Paula e genro de João Roberto Marinho, Alexandre. São elas: Juste, das ilhas Seychelles, A Plus Holdings, do Panamá, e Vaincre LLC, de Las Vegas, Nevada. A empresa Mossack está presente em diversos refúgios fiscais e assim facilita o trânsito de dinheiro e dificulta o rastreamento das atividades do laranjal por autoridades tributárias.
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