30 março 2016

Delegado que apoiou Aécio nas redes sociais quer censura na internet

O delegado federal Igor Romário de Paula, um dos responsáveis pela Operação Lava Jato, está processando o site o Google e a plataforma Facebook buscando a revelação dos autores e retirada do ar das críticas que estão sendo feitas a ele, em relação ao seu posicionamento político nas eleições de 2014, quando apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB) e criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) e sua então candidata, Dilma Rousseff.  Em primeira e segunda instância, Igor de Paula perdeu a ação, mas ainda cabe recurso, de acordo com o site Pragmatismo Político. O delegado costumava pedir votos para o então candidato Aécio Neves, nas redes sociais fechadas ao público geral, como revelou o jornal Estado de S. Paulo. Ele também participava de uma comunidade cujo símbolo era uma caricatura da presidente Dilma Rousseff (PT), com dois grandes dentes para fora da boca e coberta por uma faixa vermelha na qual estava escrito “Fora PT!”. O senador tucano é alvo de diversas delações premiadas na Lava Jato e, após a veiculação da reportagem do Estadão, De Paula passou a ser criticado nas redes sociais. Mostrando surpresa, os advogados do Facebook recusaram-se a atendê-lo e, conforme alegam no processo: “Uma medida dessa natureza (retirada das páginas do ar) certamente configuraria censura, inadmissível até mesmo em países com regimes não democráticos. Ainda mais assustador constatar que quem pretende esse tipo de prática é ninguém menos que um delegado da Polícia Federal”. A juíza Cecília de Carvalho Contrera não só negou o pedido do delegado, no ano passado, como também mostrou espanto em relação ao solicitado: “As supostas ofensas mencionadas na petição inicial devem ser compreendidas num contexto de livre exposição de ideias e manifestação do pensamento.
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