Cientistas norte-americanos acreditam
que controlar os tumores com uma ‘dose reduzida de quimioterapia’ em vez de os
eliminar pode ser melhor. Esta abordagem pouco convencional poderá não só
reduzir os efeitos secundários mas também ser mais eficaz no tratamento dos
tumores. O estudo liderado pelo Dr. Robert Gatenby, do H Lee Moffitt Cancer
Centre and Research Institute em Tampa, na Florida, provou que usar doses
reduzidas de quimioterapia para controlar os tumores era tão eficaz, num teste
feito em ratos, que 60 a 80% poderiam deixar esta droga completamente durante
um período prolongado de tempo sem sofrer recaídas. Esta estratégia de ‘terapia
adaptada’ é desenhada para se opor às forças evolutivas que levam à resistência
do câncer. Consiste em ajustar as doses de quimioterapia para que fique
adequada à resposta do tumor. Em vez de tentar erradicar o tumor, este
tratamento procura estabilizá-lo ao deliberadamente permitir a sobrevivência de
uma pequena população das células tumorais sensível à droga. Os
investigadores destacam que a quimioterapia comum inicialmente diminuía os
tumores em ratos, mas que assim que estes paravam os tratamentos estes voltavam
a crescer. Apesar de ainda haver muito para estudar em ratos até que se possa
pensar em alterações na prática clínica em pessoas, os investigadores destacam
que esta descoberta pode ser muito benéfica no futuro para os doentes
oncológicos.
