21 janeiro 2016

OPINIÃO: Clima frio e suspense em ano de eleição para prefeito

Este ano teremos eleições para prefeitos e vereadores em todos os municípios. É possível acompanhar, através da mídia, a movimentação de partidos e pré-candidatos país afora. Em Pederneiras, se há, pode estar situada no lado governista e em surdina. Aqui ou acolá se ouve que o prefeito Daniel Camargo (PSB) pretende tentar a reeleição e, para isso, estaria conversando com prováveis partidos aliados e políticos ligados a eles, além de individualmente com quem supostamente exerce ou possa exercer de alguma forma, influência sobre o eleitor.

Mas quase tudo desse lado pode ser especulação, uma vez que Ivana Camarinha (PV), maior liderança política do campo ao qual pertence Camargo ainda não sinalizou - ao menos que se saiba - se vai ou não interferir e de que forma no processo: abstendo-se, apoiando a reeleição do prefeito ou se lançando à disputa pela terceira vez.

De outro lado, ao que parece, existe dificuldade em articular alguém que possa reunir no mesmo barco o chamado time da oposição (se é que ele existe), rumo à batalha majoritária. Rubens Cury (PSDB), nome que vem à tona em todos os períodos pré-eleitorais, é figura importante na estratégia do governo Alckmin, de onde será difícil sair. Outros nomes surgem muito timidamente: Zé da Purina (que tem se declarado fora do circuito), Val Grana, Sebastião Carlos Gonçalves de Lima (Leleco), Berto Frascareli e Joãozinho da Farmácia. Mas nada conduz a mobilização perceptível em torno deles.

Assim tem sido a política pederneirense em ano eleitoral, ao longo de muitos anos. Ninguém se escala no primeiro tempo da partida. Um lado espera o outro se mexer e o argumento acaba sendo sempre o mesmo, de que “cedo ainda”. É vital que se entenda, no entanto, que elaborar uma proposta condizente para o Município, levando em conta o momento de crise econômica, política e social que avança no tempo não será tarefa fácil.

Se pretendemos ter uma administração municipal com equilíbrio a partir de 2017, sem que haja venda ou compra de ilusão, é necessário que se comece a construí-la desde logo. Se deixarmos para fazer raio-x dos problemas locais que carecem de solução a curto, médio e longo prazos, apenas das convenções dos partidos no segundo semestre deste ano em diante,  poderá não passar de mera demagogia. Não livrará os pretendentes das cobranças que virão.

A arquitetura política está ainda na geladeira, gerando suspense como em filme de terror. De qualquer forma, eleições em período de crise costumam ser sempre muito bem monitoradas. Os prováveis candidatos haverão de descobrir que não poderão dispor de mágicas mirabolantes para vence-las, ainda que recorram à cartola do Mandrake, dessas que já vem com um coelho dentro.

Reginaldo Monteiro
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