A Procuradoria Geral da República apresentou nesta segunda-feira (7)
uma denúncia contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o ex-controlador do
banco BTG Factual, André Esteves, presos no fim de novembro sob suspeita de
atrapalharem as investigações da Operação Lava Jato. A denúncia também inclui o
chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, e o advogado Edson Ribeiro, que
trabalhava na defesa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Na peça, a PGR acusa os quatro pelo
crime de impedir e embaraçar a investigação de infrações penais que envolvem
organização criminosa (com pena de 3 a 8 anos) e patrocínio infiel (6 meses a 3
anos), que é quando o advogado trai o interesse de seu cliente. O senador, o
chefe de gabinete e o advogado também são acusados de exploração de prestígio
(com penas de 1 a 5 anos). As defesas de Delcídio, Diogo Ferreira e
Edson Ribeiro afirmam que só vão se manifestar sobre as acusações após terem
acesso ao teor da denúncia. Já a defesa de André Esteves afirmou que está
elaborando um pedido de revogação de prisão e está esperando ter acesso ao teor
da denúncia para completar esse pedido . Caberá agora à Segunda Turma do STF aceitar ou
rejeitar a denúncia. O colegiado é composto pelos ministros Teori Zavascki
(relator da Lava Jato na Corte), Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia e
Dias Toffoli. Se a denúncia for aceita, os acusados passam a ser considerados
réus num processo penal.
(G1)