Preso por ordem do STF
(Supremo Tribunal Federal) por tentar obstruir investigações, o senador
Delcídio Amaral (PT-MS) se tornou a 37ª pessoa com foro privilegiado a ser
investigada na Lava Jato. A primeira prisão de um senador no exercício do cargo
desde a redemocratização, em 1985, lançou luz sobre o que ainda poderá ser
revelado na Lava Jato sobre políticos suspeitos de participação no esquema de
corrupção na Petrobras. A depender das provas que chegam do exterior, a
investigação pode crescer, pois a teia da Lava-Jato apenas começa a avançar
sobre os políticos que têm direito a responder no STF aos indícios de crimes. Segundo
o secretário de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal,
Vladimir Aras, os pedidos de cooperação internacional envolvendo investigados
com foro privilegiado ainda estão no início - foram cerca de cinco até o
momento. "Tem muita coisa ainda. Esses pedidos (de cooperação
internacional) tendem a aumentar. A Procuradoria Geral da República está
começando a fazer os primeiros pedidos", disse o procurador regional da
República. "Muita coisa se aproveita do que já veio (do exterior após
pedidos feitos pela força-tarefa da operação em Curitiba), mas as investigações
de foro que podem se desdobrar em investigações transnacionais estão começando
agora. Isso sobre a parte que está em Brasília, e sem prejuízo da continuidade
do caso em Curitiba", completou Aras.
(Último Segundo)