Foi iniciado no mês passado e se estenderá até abril de 2016, um trabalho visando a detecção em Garça da mosca Phlebotomus, transmissora da leishmaniose visceral. O trabalho é desenvolvido pela Prefeitura da cidade, por meio da Vigilância Sanitária, e conta com o apoio da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Garça não registrou, ao longo dos últimos anos, ocorrência da mosca e da doença, no entanto, esse acompanhamento é importante para garantir um controle mais efetivo da presença do transmissor, principalmente devido ao fato de cidades da região, como Marília e Bauru, terem registros recentes de leishmaniose, informa a assessoria de imprensa da administração municipal. De acordo com Edna Semensato, diretora da Vigilância Sanitária, o trabalho desenvolvido é baseado em oito pontos distintos, nos quais existem a presença de muita matéria orgânica e sombreamento. Nessas áreas é feita a instalação das armadilhas, que ficam em operação por três dias. “Escolhemos as áreas que contam com muita matéria orgânica já que é nesse tipo de ambiente que a mosca se prolifera”, explicou Edna. A armadilha utilizada nesse tipo de ação é luminosa. Em um pote é instalada uma ventoinha com uma luz e um saco plástico. As moscas (popularmente conhecidas como mosquito palha) são atraídas pela luminosidade e a ventoinha puxa os insetos para o saco. Eles ficam presos nesse recipiente e, posteriormente, ele é recolhido. Depois é possível fazer uma análise se entre esses insetos existe a mosca Phlebotomus. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza, anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
(JCnet)