Pais de alunos, estudantes e
professores da rede estadual de ensino de São Paulo fizeram nesta terça-feira
uma manifestação contra o fechamento de escolas e o aumento de alunos em sala
de aula. Eles se reuniram em frente ao prédio da Secretaria Estadual da Educação,
na praça da República, centro da capital paulista, e saíram em caminhada até a
praça da Sé. De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado
de São Paulo (Apeoesp), cerca de 10 mil pessoas participaram do ato. A Polícia
Militar disse não ter uma estimativa. Segundo a Apeoesp, 162 escolas deverão ser
fechadas, caso seja colocado em prática o plano de reorganização do ensino
público, que está sendo finalizado pela Secretaria de Educação estadual. “O
objetivo claro da manifestação é contra o fechamento e a superlotação das salas
de aulas, porque sabemos perfeitamente que não tem nenhuma medida pedagógica
que embase essa medida do secretário”, disse a presidenta da Apeoesp, Maria
Izabel Azevedo Noronha. Izabel disse que a reorganização do ensino está sendo
feita sem participação da comunidade escolar e que poderá gerar a demissão de
cerca de 20 mil professores: “Nós já temos uma lista de 162 escolas que vão
fechar. E o professor efetivo vai ter redução da jornada e vai ganhar menos. O
professor estável vai ficar encostado e os temporários serão demitidos. Temos
uma estimativa de que 20 mil professores deverão ser demitidos”, afirmou a
sindicalista.
(Band)