A Justiça Federal do Distrito Federal proibiu o advogado Matheus Sathler
Garcia, de comparecer ao desfile do 7 de Setembro. Ele ameaçou nas redes
sociais matar a presidente Dilma Rousseff caso ela não renunciasse ou se suicidasse
antes desta segunda-feira. O advogado foi candidato do PSDB a deputado federal
nas últimas eleições e em vídeo divulgado nas redes sociais, prometeu “arrancar
a cabeça” de Dilma com a “foice e o martelo”, símbolo do comunismo. A decisão é
do juiz Marcus Vinicius Bastos que não aceitou a argumentação da família de
Garcia que alegou que ele sofre de problemas mentais. O juiz determinou que o
advogado guarde uma distância mínima de um quilômetro da Praça dos Três Poderes
e da Esplanada dos Ministérios, onde Dilma participará do desfile
cívico-militar. O advogado já é investigado pela Polícia Federal por
determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele também está
proibido de sair da capital. Candidato derrotado a deputado distrital pelo
PSDB, o advogado publicou um vídeo no qual sugere que a presidente fuja do país
ou se suicide “até o dia 6 de setembro às 23h59”. “Dilma Rousseff, renuncie,
fuja do Brasil ou se suicide até o dia 6 de setembro às 23h59. Caso contrário,
dia 7 de setembro a gente não vai pacificamente para as ruas. Vamos juntamente
com as Forças Armadas populares do Brasil defender o povo brasileiro e te tirar
do poder”, diz o tucano. Ele promete arrancar a cabeça da presidente caso ela
não cumpra sua determinação. “Assuma seu papel e tenha a humildade para sair do
nosso país. Caso contrário, o sangue vai rolar. E não de inocentes. Vamos fazer
um memorial na Praça dos Três Poderes, um poste de cabeça para baixo, porque
com a foice e o martelo nós vamos arrancar sua cabeça e pregar e fazer um
memorial para você”, diz o advogado. Na semana passada, após o pedido de
investigação feito pelo ministro da Justiça, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE),
líder da Minoria na Câmara, e o senador Aécio Neves defenderam sua expulsão do
partido.
(Último Segundo)