18 junho 2015

Um em cada dez assassinatos em SP é passional ou provocado por briga em família

Gleizer Velasco confessou, na última sexta-feira (12), ter agredido e estrangulado a mulher, a policial militar Larissa Velasco. No início do mês, Eliana Barreto foi presa sob a suspeita de tramar, com um amante, a morte do marido, o executivo Luiz Eduardo Barreto. Em janeiro, Joeldes Martins foi detido sob a acusação de matar a facadas o filho, Caio Martins, de apenas oito anos. Casos do tipo não são incomuns em São Paulo. Um em cada dez homicídios no Estado acontece por causa de relacionamentos amorosos ou de brigas entre membros de uma mesma família. Entre janeiro de 2014 e abril de 2015, foram cerca de 580 casos. Metade é resultado de conflitos que envolveram marido, mulher, namorados, ex-companheiros ou possíveis amantes. Os números constam de levantamento iniciado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública em janeiro do ano passado e atualizado mês a mês. A classificação das possíveis motivações é preliminar, com base em informações de boletins de ocorrência. De acordo com os dados, 5,8% dos 1.376 homicídios registrados entre janeiro e abril deste ano resultaram de conflito que envolve relações afetivas — o que inclui briga entre casais estabelecidos, conflitos entre namorados recentes e agressões a outras pessoas por sentimento de posse, como ciúme. No ano passado inteiro, a taxa foi semelhante: 5,4% dos 4.294 casos de assassinato.
(R7)
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