Segundo informações de uma reportagem da Folha de S.Paulo, um
esquema de fraudes em compras de itens básicos da Polícia Militar de São Paulo
pode ter gerado um desvio de verba pública de ao menos R$ 10 milhões em dois
anos. As fraudes ocorreram ao menos entre 2009 e 2010, período em que foram
comandantes-gerais da PM os coronéis Roberto Diniz e Álvaro Camilo, nas gestões
José Serra e Alberto Goldman (PSDB). Parte do esquema incluía usar dinheiro da
PM para pagar por produtos que não eram entregues, por exemplo. Entre os itens
que foram alvo do esquema de fraudes estão papel higiênico, bolacha, açúcar,
clipe, pen drive, peças de veículos, programas para computador, ternos, reparos
elétricos e hidráulicos, pinturas e, até, reforma de um lago de carpas. Um dos
suspeitos do crime é o tenente-coronel José Afonso Adriano Filho, que confirmou
parte do esquema. Desde 2012 na reserva, Adriano Filho corre risco de cassação
de sua patente, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Ele afirmou que os
desvios eram para bancar outras despesas da corporação.
(Bol)