Desde o final da década de 90, milhares de estudos foram
realizados sobre um bactéria chamada Wolbachia, que afeta a célula de animais
invertebrados e chegam a estar em cerca de 70% dos insetos em todo o mundo. Não
sendo transmitida para os seres humanos, pesquisas com a bactéria estão sendo
realizadas para conseguir conter o vírus da dengue, transmitido por meio dos
mosquitos Aedes aegypit. Como está presente em pernilongos e mosquitos,
cientistas australianos já mostraram que é possível utilizar essa bactéria como
uma barreira para a infecção do vírus, tornando o combate contra o mesmo mais
sustentável e de acordo com a natureza. Isso ocorre porque os mosquitos que
possuem a bactéria em suas células não deixa que o vírus da dengue se
estabeleça no corpo do inseto, o que evita a transmissão da doença para os
seres humanos. Durante uma declaração ao jornal americano Science Translational
Medicine, outro time de pesquisadores já falou que trabalha no desenvolvimento
de um sistema de computador que consegue fazer diferentes tipos de predições do
que pode ocorrer caso o combate com a bactéruia Wolbachia seja utilizada para
conter a doença principalmente nos países tropicais e também nos subtropicais,
onde a dengue é mais frequente. No mundo, cerca de 400 milhões de pessoas
acabam pegando dengue todos os anos, sendo que uma parte dessa população morre
por faltas de cuidados, já que os sintomas se parecem muito com o da gripe, ou
por pegarem os estágios mais avançados. Ao todo, são 4 diferentes vírus que
atacam o ser humano, alguns podendo causar a perigosa dengue hemorrágica.
(pontagrossa.com)