A queda de helicóptero que vitimou o filho caçula do governador
paulista Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz, de 31 anos, vai impactar o processo de
sucessão no PSDB paulista. As negociações, que começaram há algumas semanas com
foco nos diretórios dos maiores municípios do Estado, tendem a ser pausadas
pela tragédia. As negociações em torno do diretório municipal na capital paulista, bem
como da seção estadual eram tratadas com cautela pelo tucanato. Todos os
esforços tinham por objetivo evitar uma divisão entre o grupo do governador
Geraldo Alckmin e do senador José Serra. O governador tem a primazia de conduzir
o processo. No diretório estadual há um revezamento entre um deputado estadual
e um federal. Assim, Duarte Nogueira, atual titular, pode dar lugar ao deputado
estadual Pedro Tobias. Uma vez confirmado no cargo, caberia a Tobias atuar para
dar ao governador paulista a visibilidade necessária para fazer de Alckmin um
potencial nome ao Palácio do Planalto em 2018. Atualmente o diretório
municipal em São Paulo é gerido pelo ex-deputado estadual Milton Flávio. Nome
próximo a Serra, ele deve ser substituído por um quadro no partido
ligado a Alckmin. Já surgiram no horizonte tucanos pré-candidatos à prefeitura
de São Paulo para o ano que vem. Entre eles estão o deputado federal
eleito Bruno Covas; o deputado e agora suplente de senador José Aníbal; e o
vereador paulistano Andrea Matarazzo, ligado ao senador eleito José Serra.
Mário Covas Neto, o “Zuzinha”, também vereador em São Paulo e filho do
ex-governador Mário Covas (morto em 2001), é outro nome.
(IG)