Balançado pelos novas revelações da Operação Lava Jato da
Polícia Federal, o PT reúne hoje sua direção em Belo Horizonte, com a tarefa de
fazer uma ampla defesa do partido e do governo frente ao agravamento das
denúncias de corrupção na Petrobras. Ontem, já reunidos na capital mineira,
lideres da legenda acertavam os últimos detalhes do encontro do diretório
nacional. Também davam a orientação a ser seguida no ato que comemora o
aniversário do PT, em que são esperados a presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Com a
divulgação do depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, a
expectativa é de que seja ampliado o espaço que já estava reservado nos
discursos para uma defesa do partido, governo e da Petrobras, por conta das
denúncias da Lava Jato. Uma mensagem nesse sentido deve sair antes mesmo do ato
político, na resolução de conjuntura que será aprovada pelo diretório nacional
petista. Integrantes do comando
partidário admitem que pode haver alguma pressão diante das menções ao
tesoureiro João Vaccari Neto na investigação, vinda principalmente da chamada
esquerda petista. A ala majoritária do partido, entretanto, reiterava na noite
de ontem a orientação para seguir dando sustentação a Vaccari. O argumento
difundido internamente é o de que, se houvesse provas concretas do envolvimento
de Vaccari no esquema, a Polícia Federal já teria pedido sua prisão.
(IG)