Num calor
de rachar, por um período da noite desta segunda-feira (12), uma parte de
Pederneiras ficou sem energia elétrica. Não foram raios ou trovões, nem
temporal, nem ocorrência que tivesse colocado postes ao chão, nada aparentemente
grave. A informação obtida ao final do episódio com um membro da Defesa Civil local, é de que se
tratou de problema em dispositivo de segurança, qualquer coisa semelhante a um
fusível (poderoso!).
Recorro à
única lista telefônica que possuo em casa e encontro, entre os “úteis”, o
número 3284-1022, que diz ser da CPFL. Ligo e nada, ninguém atende. A intenção
era buscas saber a previsão de retorno do fornecimento da energia elétrica à
normalidade. Socorro-me da conta de luz e nela, destacado em faixa amarela
encontro o “atendimento CPFL”, com o número 0800 0 10 10 10.
Ao ligar,
sou atendido por um sistema. Uma voz delicadamente feminina vai me informando
um rosário de possibilidades: tecle 1 para isso, 2 para aquilo, 3 para aquilo
outro e assim vai. Feita a opção, aguardo ouvindo uma musiqueta acalentadora,
até que alguém de verdade atende. Esboço um sorriso, acreditando que o dilema
chegaria ao fim, com a informação que estava por vir.
Digo de
onde estou falando, antecipo resumidamente o problema e formulo a questão: qual
a previsão do retorno do serviço à normalidade? A pessoa do outro lado da linha
dá início a uma espécie de inquisição. Manda-me repetir nome, endereço
completo, CPF, número de telefone que utilizo, pede o código da conta, etc,
etc. Por um momento pensei que fosse exigir dados do meu atestado de vacina e
sanidade mental.
E finalmente,
a informação: “Senhor, não sabemos aqui, nem fomos informados dessa
interrupção, mas a previsão do retorno da luz será por volta das 23:30 horas,
pouco mais ou pouco menos”. Estranhando a resposta, questionei como, sem conhecer
a causa e suas eventuais consequências era possível a ele prever o tempo de
normalidade do serviço. “Senhor, é o que posso lhe informar”, respondeu.
Agradeci e desliguei. Poucos minutos depois, por volta das 21:30 horas, bem
antes da “previsão” informada, o fornecimento de energia elétrica foi
normalizado. Já foi melhor no passado. Ligávamos para o Poteta e pronto, obtínhamos
esclarecimento.
Mas além
da CPFL, que não mantém telefone local de contato - onde os problemas podem acontecer - e
termos que recorrer a um “centralizador” de atendimento, o mesmo acontece com a
Polícia Militar, com Corpo de Bombeiros e com o Samu, por exemplo. Atender a
gente aqui, só com um telefonema para fora daqui. Um sistema bruto a que somos
submetidos sem qualquer consulta. Um atendimento que, ao invés de agilizar, atravanca.
A coisa está aqui e o atendimento está lá, onde nem sempre sabemos. Afinal, a
informatização ajuda ou atrapalha?
Assim é
de lascar!!!!
Reginaldo Monteiro