"Alívio", foi assim que Cissa Guimarães definiu a
condenação de Rafael de Souza Bussamra, responsável pelo atropelamento que
ocasionou na morte de seu filho Rafael Mascarenhas no dia 20 de julho de 2010,
no Túnel Acústico, na Gávea, zona sul do Rio. O pai do atropelador, Roberto
Martins Bussamra também foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão e
mais nove meses de detenção pelos crimes de corrupção ativa e inovação artificiosa
em caso de acidente automobilístico. "Foi uma luta enorme de quatro anos e
nove meses, dolorosa para mim e minha família. Como cidadã, me sinto
esperançosa de alguma maneira por essa decisão de luz, torço para que ela
ilumine de alguma maneira todas as pessoas", disse apresentadora. Rafael
Bussamra foi condenado a sete anos de reclusão (regime fechado) e mais cinco
anos e nove meses de detenção pelos crimes de corrupção ativa, homicídio
culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico, afastamento
do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em
competição automobilística não autorizada. Na sentença, o juiz Guilherme
Schilling destacou a atitude do pai em corromper os policiais militares numa
tentativa de acobertar o filho. "O caso vertente retrata não apenas
policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos),
mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente
desajustadas. Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos
para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal é
essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética".
(Bol)