Um policial branco disparou
contra um suspeito negro – achou que ele ia tirar uma arma do bolso. Afinal, era
um frasco de comprimidos. É mais uma história que segue um padrão, desta vez em
Phoenix, Arizona. O incidente ocorreu na terça-feira à noite, quando um agente
da polícia – ainda não identificado pelas autoridades – disparou contra o suspeito,
achando que ele ia tirar uma arma do bolso. Estavam presentes a sua namorada e
o filho de 15 meses. As versões do que aconteceu são muito diferentes.
Para a polícia, Rumain Brisbon, 34 anos, era um homem com registro criminal que
estaria em meio de uma transação de droga quando um policial, sozinho, o
confrontou. No seu Cadillac havia uma arma semiautomática e marijuana. Para os
amigos, era um pai de quatro filhos que estava levando comida de um restaurante
de fast food para
o apartamento da família. Tudo começou com um alerta à polícia de que estaria havendo
uma transação de droga perto de uma loja de conveniência. Um agente que estava
perto respondeu à chamada e aproximou-se do carro de Brisbon, que saiu com as
mãos na cintura, o que levou o agente a apontar-lhe sua arma, e Brisbon fugiu. Seguiu-se
uma perseguição e à porta da casa da namorada do suspeito os dois envolvem-se
numa briga. Brisbon tem a mão no bolso e o agente, segurando-lhe a mão, pensou
sentir uma arma, disse um porta-voz da polícia. Disparou quando sentiu Brisbon
tirar a mão. Dois tiros, Brisbon morreu, e o que estava no bolso era um frasco
de comprimidos. A polícia defende o agente: “Ele fez exatamente o que lhe foi
pedido que fizesse.”
(portugal)