Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em outubro mostra
que 44% de 1.463 municípios que fizeram o Levantamento Rápido do Índice de
Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) estão em situação de alerta ou de risco para dengue e febre Chikungunya.
De acordo com o trabalho, dez capitais estão em estado de alerta, em razão do
alto grau de criadouros encontrados no levantamento: Maceió, Natal, Recife, São
Luiz, Aracaju, Vitória, Cuiabá, Porto Alegre, Belém e Porto Velho.
Há ainda algumas capitais que não enviaram as informações. Além do levantamento, o Ministério lançou uma campanha de alerta
para o combate dos mosquitos, sob o mote "o
perigo aumentou", numa alusão direta ao risco de o país
enfrentar, no próximo verão, epidemias simultâneas das duas doenças, a dengue e
febre chikungunya. Ao apresentar os
números, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, chamou a atenção para a
necessidade de se reforçar estratégias de prevenção nas áreas afetadas por problemas de abastecimento de
água. "É preciso olhar armazenamento de água, medidas de
proteção, com o uso de tela", disse. Ele alertou também para a necessidade de se
diferenciar as duas doenças, que apresentam uma série de sintomas comuns, além
dos mesmos agentes transmissores, os mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus. "Vivemos uma situação delicada para equipes de
saúde, seja público ou privada", disse Chioro. A região Nordeste apresenta
o maior número de cidades em situação de alerta: 354. A maior parte dos criadouros foi encontrada em
armazenamento de água, 78,8%. Já na região Sudeste, dos 426 municípios analisados, 90 estão
em situação e um em estado de risco - Governador Valadares, em Minas. Vitória
está em situação de alerta. No Sudeste, a maior parte dos criadouros foi
encontrada em depósitos domiciliares, como calhas e vasos de plantas.
(brasilpost)