Onipresente, o celular já substituiu uma infinidade de aparelhos desde relógios de pulso, que estão claramente em extinção, até calculadoras, agendas, rádios, videogames, aparelhos de som, computadores e, claro, máquinas fotográficas e filmadoras a ponto de sua função primordial, a telefonia, ser relegada a um segundo plano. Com um celular por perto, dificilmente algo relevante passa sem registro e todos vivemos uma realidade que lembra um “1984”, clássico livro de George Orwell que retrata uma sociedade submetida a um regime político totalitário em que todos eram espionados, observados e policiados 24 horas por dia e governados por uma entidade absoluta e onipresente, o Grande Irmão, que inspirou os criadores do programa Big Brother. Em “1984”, direitos como privacidade nem são cogitados. No mundo real, não é bem assim. Ainda se prezam e se respeitam direitos fundamentais mesmo que diversas vezes eles sejam “esquecidos”. Portanto, é melhor ter cautela e bom senso antes de colocar em prática a adaptação moderna da célebre frase do cineasta Glauber Rocha, que se tornou lema do Cinema Novo (uma câmera na mão e uma ideia na cabeça), que hoje poderia ser atualizada para um celular na mão e uma ideia na cabeça.
(JCnet)
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