O incêndio a dois ônibuis na madrugada de ontem na zona norte de São Paulo, que ocorreram três horas depois um jovem ser morto e outro ficar ferido numa ação policial na região, foi apontada como uma retaliação pela Polícia Civil.
O delegado-geral, Maurício Blazeck, disse que o jovem morto na ação da PM, tinha passagem por tráfico. "Em razão disso, houve um protesto por parte de traficantes locais, que incendiaram os ônibus", disse Blazeck.
Maicon Rodrigues, 17, e o amigo dele Waltherney da Silva foram baleados na rua Basílio Alves Morango, no Jardim Brasil, por volta da 1h30. A primeira versão dos policiais militares sobre a morte do adolescente era que os jovens estavam num Passat e teriam reagido a uma abordagem, sendo baleados. Maicon Rodrigues morreu no hospital. Silva segue internado.
No fim da tarde, policiais do DHPP concluíram que Maicon foi assassinado. Segundo testemunhas, ele e o outro jovem baleado, após serem abordados pela PM, desceram do carro com as mãos para cima. A adolescente L., 16, namorada dele, disse à Folha que o jovem não andava armado. "Esses PMs são vermes. Mataram ele sem ele fazer nada", afirmou.
Seis policiais militares --três soldados, um cabo, um sargento e um tenente-- da Força Tática foram presos. Os nomes não foram revelados. "Se ficar comprovado que participaram da morte do rapaz, eles [PMs] serão processados criminalmente além de serem expulsos", diz a nota.
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