Nem todos. Mas há governadores e prefeitos que reclamam do piso nacional dos professores, hoje de R$ 1.451,00. Alegam não poderem pagar aos professores este valor por 40 horas semanais de trabalho. Dizem que desequilibraria constas publicas, quebraria prefeituras.
Entretanto, sejamos honestos: R$ 1.451,00 está longe de fazer justiça aos educadores. Longe do ideal. E da parte dos políticos, devemos dizer que quase a sua totalidade se elege com o discurso de que educação é prioridade.
Boa educação depende de bons professores. Como tê-los se pretendemos remunerá-los com migalhas? Não há cargo político – por menor conhecimento que seu detentor possua – que remunere com o valor igual ao atual piso dos professores. É sempre mais, muito mais.
A economia que os administradores podem e devem fazer na outra ponta, para sobrar dinheiro para o piso dos professores pode começar pelo controle da corrupção, do desperdício, da redução do excesso de cargos comissionados. Afinal, tem solução mais eficaz para o presente e o futuro do que a educação?
Ser contrário ou reclamar de um salário de R$ 1.451,00 para o professor é ser amigo do atraso. É coisa de quem valoriza a ignorância e desconhece o real valor do ensino.
Reginaldo Monteiro
(Artigo publicado no jornal Folha da Terra, edição deste sábado)
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