Dois meses depois de ter seu registro aprovado pelo Tribunal
Superior Eleitoral, o PMB (Partido da Mulher Brasileira), a 35ª legenda
oficialmente reconhecida no país, atingiu nesta sexta-feira (27) a marca de 20
deputados federais. Apesar de ter sido criado com a intenção de "aumentar
a participação das mulheres em todos os setores da sociedade", como diz o
programa partidário, a bancada da legenda tem apenas duas mulheres:
Brunny e Dâmina Pereira, ambas de Minas Gerais. Nenhuma delas foi
escolhida líder, cargo que foi entregue ao deputado Domingos Neto (CE).
"Não podemos obrigar as mulheres a deixarem seus partidos de origem, onde
seus maridos são senadores e governadores, e mudarem para o PMB", diz a
presidente da sigla, Suêd Haidar (RJ). Ela lembra, ainda, que dos 513
parlamentares que compõem a Câmara, apenas 53 são mulheres. "O Brasil
inteiro tem conhecimento que só agora as mulheres estão tendo lugar nas
instituições partidárias", diz. Como orientação partidária, o PMB
apresenta um programa vago. "Como orientação partidária, o PMB é
centro-esquerda com um posicionamento de centro entre o capitalismo e o
socialismo, mas com uma tendência maior ao socialismo. Ou seja: de esquerda. O
ponto principal da orientação é exatamente buscar o melhor posicionamento de
ambos os lados e trazer para o nosso partido", diz o texto de apresentação
da sigla na internet.
(Bol)