Melhor Jair Bolsonaro
esperar sentado a devolução do seu passaporte apreendido em 8 de fevereiro
passado pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal, que preside o inquérito sobre atos hostis à
democracia.
Sentado,
não, melhor que ele espere deitado. E que sua defesa não perca tempo em pedir
outra vez a liberação do documento. Moraes não tem pressa em responder a
qualquer pedido, e muito menos disposição para restabelecer as condições de ir
e vir de Bolsonaro.
Ir
e vir dentro do Brasil, sem problema. Bolsonaro goza de pleno direito desde que
respeite certas restrições. Por exemplo: está proibido de se comunicar com os
outros investigados. Não é aconselhável que volte a investir contra a justiça
como já fez tantas vezes.
Ir
para o exterior tiraria Bolsonaro do radar imediato da Polícia Federal. Ele
pode não notar, mas é monitorado o tempo inteiro. Uma vez no exterior, em
território governado pela extrema-direita, talvez desejasse ficar por lá sem
data de retorno. Férias? Exílio?
E Bolsonaro vive hoje a
contar os meses, os dias e as horas que o separam de uma mais do que certa
condenação. Se fosse condenado só pelo golpe que fracassou… Mas ser
também condenado por roubar joias do acervo presidencial, falsificar atestados
de vacinação contra a Covid, e sabe-se lá mais o quê… Moraes revelará quando
chegar o momento. E as provas serão tão fartas que a falação de Bolsonaro será
rebaixada à condição de mimimi.
(Trechos extraídos de
Ricardo Noblat)
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