25 junho 2015

Aguapés fazem Tietê ‘desaparecer’

A proliferação acentuada de aguapés no Tietê, na altura da barragem de Ibitinga, alterou o cenário do leito do rio e transformou o trecho em verdadeiro “gramado”. A imagem atípica impressiona quem passa pelo local e, de acordo com técnicos, é reflexo da poluição da água pelo despejo de esgoto e nutrientes presentes nos fertilizantes usados nas lavouras. Os aguapés ocupam boa parte da margem direita do rio, para quem trafega pela rodovia Cezário José de Castilho (SP-321) sentido Ibitinga, e já “invadiram” a entrada da eclusa. Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), análise da água no trecho, feita no ano passado, revelou cenário propício ao desenvolvimento das plantas. “O aumento das plantas deve-se ao enriquecimento de nutrientes na água do reservatório. Esse problema é intensificado na época de estiagem, pois o volume do reservatório diminui, o que acarreta aumento da concentração dos nutrientes”, informa a assessoria de imprensa do órgão. O professor Jozrael Henriques Rezende, coordenador do curso de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jaú, revela que esses nutrientes estão presentes no esgoto despejado no rio sem tratamento e em adubos utilizados nas lavouras e expõem a poluição do Tietê. Segundo ele, o problema é mais frequente no verão, mas o período de estiagem contribuiu para que o fenômeno fosse registrado no inverno. “O que a gente percebe é que os ambientes aquáticos estão tão desequilibrados do ponto de vista ecológico que o aguapé já está se tornando um problema até mesmo em meses de inverno”, afirma.
(JCnet)
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