18 abril 2015

Uso de contraceptivo hormonal pode causar problemas como embolia pulmonar

Entre os diversos métodos contraceptivos existentes, as pílulas anticoncepcionais são bastante utilizadas pelas mulheres. No entanto, o uso não deve ser feito de qualquer forma, apenas com recomendação médica. Mesmo assim, há casos em que a recomendação do ginecologista não é suficiente para evitar problemas graves. A publicitária Priscila Andrade, de 33 anos, por exemplo, sofreu uma embolia pulmonar devido ao uso de anticoncepcionais. Ela usava a pílula Diane 35 e, no final de 2014, decidiu mudar para Yaz, com recomendação de sua ginecologista. Em fevereiro deste ano, dois meses após a mudança de medicamento, Priscila começou a sentir falta de ar e decidiu ir ao médico para verificar o que estava acontecendo. "No começo, não sentia nada. Depois de dois meses, em um domingo, comecei a sentir falta de ar. Na terça, entrei no hospital por isso. Não era grave, mas como eu malhava e fazia boxe, isso estava me incomodando", contou. Ela fez exames de rotina, que não identificaram nenhum problema, até que um médico a chamou para fazer um exame específico que identificou uma suspeita de trombose. Após uma ressonância com contraste para confirmação do diagnóstico, a publicitária foi imediatamente internada. "Estava com embolia pulmonar nos dois pulmões. Fui internada e acompanhada por um pneumologista. No hospital, tomava um anticoagulante injetável. Fiquei uma semana internada e saí tomando um anticoagulante em pílula, que vou tomar durante um ano". Depois de exames, médicos explicaram que a ingestão excessiva de hormônio causou o problema. Priscila não foi informada que isso poderia acontecer. A Organização Mundial da Saúde estabelece critérios médicos de elegibilidade para uso de métodos anticoncepcionais. Trata-se de uma lista de condições dos usuários que indicam limitações para o uso de cada método. Quatro categorias classificam os métodos contraceptivos: aqueles que podem ser usados sem restrições; outros que podem ser usados, mas têm alguns riscos; métodos que só podem ser usados com avaliação médica específica; e aqueles que apresentam riscos altos demais. No entanto, muitas vezes nem mesmo os médicos informam às pacientes os riscos de cada método contraceptivo.
(BN)
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