O padre foi preso em Guarapuava, no Paraná, pode
ter desviado até R$ 400 mil da Igreja Católica durante dois anos. Segundo o
Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o padre e uma
empresa prestadora de serviços apresentaram notas frias e superfaturadas
durante dois anos na prestação de contas à Igreja Católica. O padre era
responsável pelo setor de Obras da Mitra Diocesana, órgão responsável por
construções para a Igreja. A Justiça decretou a prisão temporária de
quatro pessoas. Segundo o procurador do Ministério Púbico, Leonir Batisti,
coordenador do Gaeco no Paraná, o dinheiro desviado, de acordo com as notas
frias, ainda não foi encontrado: "o dinheiro era desviado em favor de
pessoas, mas ainda não apuramos para onde foi especificamente". Para
o coordenador do Gaeco, o fato de as igrejas serem isentas do pagamento de
impostos não tem relação com a fraude na prestação de contas. "Isso
acontece ou pode acontecer em empresas que não têm controle interno. Se um
empregado gastar R$ 2 mil comprando alguma coisa, pode apresentar uma nota
[fiscal] de R$ 12 mil."
(Band)