Hoje (6), como se pode perceber pelas postagens anteriores, madruguei como quase sempre. Sentei na varanda, neste cedinho de manhã chuvosa em Salvador. Nesses momentos, lembranças também povoam minha cabeça como que ondas do mar sem pressa de “quebrar”.
Era mês de maio, um dia especial – é certo – mas que quase sempre tento deixar passar despercebido das pessoas: meu aniversário. Familiares que moram em Manaus (irmãs e uma de minhas mães) fizeram surpresa. Vieram de longe me abraçar corpo no corpo. Mais que isso, trouxeram apetrechos para preparar comida tradicional da boa terra. Meu filho Tiago veio de Campinas.
Eu não sabia... não mesmo! Bem-te-vi tratou de combinar um lugar adequado para o encontro e chamou algumas poucas pessoas para completar a cena. Foi vapt, vupt. Já ao anoitecer, fui informado de tudo.
Decidi então retribuir a gentileza. Mas com o que, como? Teria que ser surpresa mesmo, de verdade.
No carnaval baiano há um movimento que especialmente me emociona pela história e filosofia que carrega. O bloco Filhos de Gandhy. Eu havia “saído” nele e tinha guardado todo o belo e diferente aparato. Não tive dúvida.
Ligavam do local: você não vem? Tudo está pronto e as pessoas te aguardam. Pacientemente me vesti (porque dá algum trabalho) e segui sozinho de carro até lá.
Era noite de lua e brisa forte. A areia, o mar... a “cabana da Dadá” no Farol de Itapuã, bem em frente à casa onde morou Vinicius de Moraes. Emocionei-me, mas surpreendi também.
Orlando, Rosinha,Tiago e eu
Amanhã (7), no feriado da independência, já estarei de volta a Pederneiras.
Reginaldo Monteiro
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