15 dezembro 2024

Conspiração contra autoridades e interferência judicial: Os motivos da prisão de Braga Netto

Pouco mais de três semanas depois de ter sido indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, o general do Exército e ex-ministro Walter Braga Netto foi preso nesse sábado (14) pela Polícia Federal por ter atuado para atrapalhar as investigações em curso. A corporação identificou que o general teria tido uma participação mais ativa do que o imaginado no suposto esquema, ao ponto de financiar as ações das pessoas envolvidas no plano. A defesa dele diz que “com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução às investigações”. Um dos principais motivos que fizeram a corporação pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão de Braga Netto foi a revelação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, de que o general tentou interferir no acordo de delação premiada firmado por ele com a PF. O general teria mantido contato telefônico constante com o pai de Mauro Cid, Mauro César Lourena Cid, com o intuito de combinar versões para proteger outros investigados. Segundo a PF, Braga Netto “atuou durante todo o período investigativo para evitar que o colaborador [Mauro Cid] o citasse em posição destacada no contexto dos fatos apurados”.


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