27 junho 2024

ESTEJAMOS ATENTOS! Golpismo na Bolívia pede para Brasil não esquecer seus militares golpistas

A tentativa fracassada de golpe ou quartelada na Bolívia por militares incapazes de viver sob as balizas de um governo civil democraticamente eleito lembra que nossa América Latina segue terreno fértil para insurreições de bandidos que querem se esconder atrás de fardas verde-oliva. E mostra que o discurso usado por eles não encontra fronteiras, vale para La Paz ou para Brasília.

 

Comandados pelo general Juan José Zúñiga, que havia sido destituído de seu cargo ontem, militares tomaram a região do palácio presidencial e chegaram a invadir o prédio nesta quarta (26). Brandem um discurso bizarro de tutela das instituições. Imagens de tropas e blindados circulam nas redes. O presidente Luis Arce ordenou que as tropas se desmobilizem. O ex-presidente Evo Morales falou de um golpe de estado em gestação e convocou uma "mobilização nacional pela democracia".

 

Por mais que eles voltem às casernas, não dá para dizer que isso deu em nada. O que houve foi um espancamento da Constituição boliviana por quem deveria proteger a pátria.

 

As ameaças são semelhantes àquelas vociferadas durante anos por um certo ex-capitão indisciplinado que se tornou presidente, fomentando a suspeita sobre as instituições, colocando-se como mediador da vontade popular e como líder incondicional das Forças Armadas. Não à toa, ele usava sempre o exemplo de Añez para exemplificar o que poderia acontecer com ele e seu grupo.

 

Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas com a ajuda dos militares ao longo de anos. E, em novembro de 2022, os comandantes das três forças soltaram uma nota com uma falácia absurda, apontando que o fato de não terem encontrado problemas nas urnas não significava que eles não existiam.

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