09 fevereiro 2024

Sequelas graves: A adolescente que ficou paraplégica após contrair dengue

Em 2019, Polyana Matias de Sousa tinha 15 anos e levava uma vida como qualquer adolescente da sua idade. Estudava, namorava e ajudava a cuidar do irmão mais novo e da casa. Mas ela viu sua vida mudar radicalmente por causa da dengue. Com sintomas clássicos da doença como dor de cabeça, dor no corpo e febre, Polyana recebeu os primeiros tratamentos para a doença em casa sob os cuidados de sua mãe, Elisângela Maria Matias Correa, que é enfermeira. Ao ver que a filha passou a ter sintomas mais graves, como vômito, dor de barriga e confusão mental, ela levou Polyana para a emergência de um hospital particular de Divinópolis, em Minas Gerais. "O médico disse que era uma dengue clássica e que minha filha estava com 'frescura de adolescente' porque havia brigado com o namorado", conta Elisângela. "Mas eu sabia que aquele sintoma de confusão mental podia significar um problema neurológico e insisti para que ela fosse examinada por um neurologista." Segundo a família, Polyana teve meningoencefalite, a inflamação do cérebro e das meninges, o tecido que reveste o sistema nervoso central, e que pode ser causada por vírus, fungos, bactérias ou parasitas. Ou seja, o vírus da dengue atingiu o sistema cerebral de Polyana, causando danos irreversíveis.

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