Uma obra que
levou 36 anos para ficar pronta
entrou totalmente em operação, e vai melhorar o transporte de cargas no Brasil. A buzina, ouvida de longe, atrai olhares
curiosos e cheios de entusiasmo. “Registrar, porque a gente nunca tinha visto,
né?", diz uma mulher que levou os filhos para ver o trem passar. “Eu
falava que não ia alcançar esse negócio quando começou. Mas agora eu acreditei,
que eu vi”, conta o aposentado Manuel Paulo de Oliveira. Depois de 36 anos, erros técnicos, mudança de traçado, escândalos
de corrupção e muitas inaugurações parciais, a obra Norte-Sul foi concluída. A
ferrovia tem quase 2.300 quilômetros de extensão e foi dividida em duas partes.
A primeira, pronta desde 2010, vai de Palmas, no Tocantins, a Açailândia, no
Maranhão, com um custo de R$ 2,6 bilhões. Já o trecho de Estrela do Oeste,
em São Paulo, ao
Tocantins custou cerca de R$ 11 bilhões. A ferrovia foi finalizada este ano,
depois que a concessionária Rumo venceu o leilão e assumiu o lote em 2019. A
composição com 112 containers saiu de Cubatão, em São
Paulo, na malha paulista, seguiu desbravando o centro do país - de paisagem
plana, vegetação de Cerrado, pastos e áreas de lavoura -, levando defensivos agrícolas, algodão e peças importadas para
fabricação de carros. O destino dessa primeira viagem é o Porto Seco,
de Anápolis, que passou
por uma grande adaptação no último ano para abrigar um terminal de contêineres.
(Jornal Nacional)
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