O empresário Saul Klein foi condenado pela Justiça do Trabalho a
pagar uma indenização de R$ 30 milhões por aliciar
jovens mulheres e adolescentes com falsas promessas de trabalho e as explorar
sexualmente, submetendo-as a condição análoga à escravidão. A
decisão da Justiça foi uma resposta à ação civil pública movida
pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em outubro de 2022. No
documento, o órgão dizia que "o desprezo do réu pela dignidade das mulheres,
sua autonomia, liberdade e saúde sexual viola o pacto social e normativo de
respeito à condição humana". Segundo investigado pelo MPT, Saul atraía
jovens entre 16 e 21 anos, que estavam em situação de vulnerabilidade social e
econômica, oferecendo trabalhos de modelo. Então, as moças eram inseridas
num esquema de exploração sexual no sítio do empresário, em Boituva,
no interior de São Paulo. Durante dias, elas eram obrigadas a manter relações
sexuais com o réu, enquanto ficavam sob forte violência psicológica e
vigilância armada. O órgão também averiguou que a privação de liberdade e as
práticas sexuais forçadas causaram "graves consequências psicológicas para
as vítimas, [que] ainda foram contaminadas por doenças sexualmente
transmissíveis".
(g1)
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