À
medida que as investigações da PF sobre Anderson Torres avançam, mais o ex-ministro de Jair Bolsonaro fica
enrolado. De todos os lados. Em relação à "minuta do golpe", mais uma
discrepância foi apurada. O ex-ministro disse que o documento golpista foi
entregue a ele por sua secretária. Ela, no entanto, foi taxativa em seu
depoimento: “Nunca entreguei nada”. Outro foco de complicações para Anderson é
o seu envolvimento direto com o processo eleitoral. Uma das mais recentes
descobertas da PF é um "boletim de inteligência" produzido pela então
diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar — uma
delegada que, posteriormente, foi trabalhar com ele na Secretaria de Segurança
do DF. O documento foi produzido em outubro. Detalhava os locais em que Lula havia
sido mais votado no primeiro turno. Para os investigadores, o material serviu
para que Anderson botasse de pé a tentativa de atrapalhar a chegada dos
eleitores aos locais de votação nestas regiões, com a célebre operação feita
pela PRF no dia 30 de outubro. Marília, aliás, tentou apagar o documento do seu
celular, mas a PF recuperou parte do material.
(O Globo)
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