18 novembro 2022

Deus tá vendo: Prazo vence e Damares não entrega provas de abuso sexual a bebês no Marajó

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) negou ao Ministério Público Federal (MPF) o fornecimento de informações sobre supostas denúncias feitas pela ex-ministra e agora senadora eleita Damares Alves (Republicanos) de tráfico de crianças, tortura e abuso infantil no Arquipélago do Marajó (PA). Em outubro, o Ministério Público Federal do Pará, por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, solicitou que o MMFDH informasse com detalhes todos os casos de denúncias recebidas pela pasta, em trâmite ou não, nos últimos sete anos, envolvendo o tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis. A solicitação foi motivada por declarações, sem provas, feitas pela ex-ministra Damares Alves sobre o tráfico internacional e a violação de crianças do Pará. "Explodiu o número de estupro de recém-nascidos", afirmou Damares durante um culto na igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia. A ex-ministra e apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL) também disse que o ministério que ela comandou até março deste ano teria imagens de crianças com oito dias de vida sendo estupradas. E que um vídeo com este conteúdo era vendido por valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. No culto, Damares afirmou também que crianças do Arquipélago do Marajó eram traficadas e seus dentes arrancados "para elas não morderem na hora do sexo oral". Procurado, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos não respondeu à coluna. Já a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão afirmou, via assessoria de imprensa, que o ofício recebido no dia 27 de outubro ainda está sob análise. A assessoria de imprensa da senadora eleita Damares Alves afirmou que ela não vai se pronunciar sobre o assunto.


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