08 julho 2022

Simone Tebet: ‘Perdi a eleição para o orçamento secreto. Eis a versão 2.2 do mensalão’

Após saber que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) recebeu R$ 50 milhões em emendas por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao comando do Senado, a pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, disse que perdeu aquela disputa para o orçamento secreto. Pacheco venceu a eleição, em 1.º de fevereiro do ano passado, com 57 votos. Tebet teve 21. Na ocasião, o governo do presidente Jair Bolsonaro negociou verbas para eleger o senador e também Arthur Lira (Progressistas-AL) à presidência da Câmara. Em entrevista ao Estadão, Marcos do Val admitiu ter sido contemplado com R$ 50 milhões em emendas parlamentares por ter dado apoio a Pacheco. Para ele, os recursos recebidos, por intermédio do senador Davi Alcolumbre (União-AP) – coordenador da campanha de Pacheco –, seriam uma forma de “gratidão” pelo voto. A eleição de Pacheco, no ano passado, foi articulada por Alcolumbre, que era presidente do Senado. Na época, os senadores Lasier Martins (Pode-RS), Jorge Kajuru (Pode-GO) e Major Olímpio (PSL-SP), morto no ano passado, também se lançaram na disputa, mas abriram mão de suas respectivas candidaturas para apoiar Tebet e criticaram a operação política que favoreceu Pacheco.


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