O
caso começou quando uma sócia do Esporte Clube Pinheiros (zona oeste) resolveu
acionar o MP após se revoltar com o fato de o local dificultar a entrada da
babá de suas filhas por ela não estar com uniforme branco. Roberta Loria contou
à BBC Brasil, na época, que decidiu agir por acreditar que essa exigência do
clube era um caso de "discriminação revoltante". Acatada a denúncia,
foi aberto um inquérito civil no MP contra o Pinheiros e outros clubes
paulistanos para apurar se a prática era discriminatória. Os clubes entraram
com recurso, que acabou sendo acatado, em dezembro, pelo Conselho Superior do
MP. Mas o caso teve uma reviravolta nesta segunda-feira. Após o inquérito ser
trancado pelo Conselho do MP, ele pode ser reaberto após uma acusação de
conflito de interesse: um dos conselheiros que votaram no caso - o promotor
Álvaro Augusto Fonseca de Arruda, que presidiu a sessão de julgamento - integra
a direção do Clube Atlético Paulistano, um dos clubes investigados. Em
entrevista à BBC Brasil, o promotor confirmou que é secretário da Comissão de
Sindicância do Paulistano, mas disse que isso não influencia seu julgamento em
um caso em que o mesmo clube é investigado. "Faço parte, sim, desse
comissão do Paulistano, mas isso de maneira nenhuma impacta na lisura do
processo. Não há nenhum conflito de interesse."
(BBC Brasil)