14 janeiro 2016

BABÁS DE BRANCO: Promotora vê conflito de interesse e pede anulação de decisão

O caso começou quando uma sócia do Esporte Clube Pinheiros (zona oeste) resolveu acionar o MP após se revoltar com o fato de o local dificultar a entrada da babá de suas filhas por ela não estar com uniforme branco. Roberta Loria contou à BBC Brasil, na época, que decidiu agir por acreditar que essa exigência do clube era um caso de "discriminação revoltante". Acatada a denúncia, foi aberto um inquérito civil no MP contra o Pinheiros e outros clubes paulistanos para apurar se a prática era discriminatória. Os clubes entraram com recurso, que acabou sendo acatado, em dezembro, pelo Conselho Superior do MP. Mas o caso teve uma reviravolta nesta segunda-feira. Após o inquérito ser trancado pelo Conselho do MP, ele pode ser reaberto após uma acusação de conflito de interesse: um dos conselheiros que votaram no caso - o promotor Álvaro Augusto Fonseca de Arruda, que presidiu a sessão de julgamento - integra a direção do Clube Atlético Paulistano, um dos clubes investigados. Em entrevista à BBC Brasil, o promotor confirmou que é secretário da Comissão de Sindicância do Paulistano, mas disse que isso não influencia seu julgamento em um caso em que o mesmo clube é investigado. "Faço parte, sim, desse comissão do Paulistano, mas isso de maneira nenhuma impacta na lisura do processo. Não há nenhum conflito de interesse."
(BBC Brasil)
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