Num
documento enviado ao Brasil, o Comitê de Direitos Humanos da ONU apresentou uma
lista de questões ao governo de Jair Bolsonaro que resume o mal-estar
internacional diante do desmonte das políticas públicas de direitos humanos e
da própria democracia nos últimos três anos. A carta pede que se explique os
ataques do presidente contra o Judiciário, a fragilidade do combate à
corrupção, o corte de recursos para programas de apoio à mulher, o discurso do
ódio por parte das lideranças políticas, a situação dos indígenas, imprensa,
afrodescendentes, violência policial e outras suspeitas de violações. A
cobrança ocorre no momento em que o órgão das Nações Unidas inicia seu processo
para examinar a situação brasileira, no que ganha uma dimensão de um
levantamento sobre o impacto dos anos do governo de Jair Bolsonaro no poder. O
Executivo já havia submetido um informe sobre a situação do país para o Comitê,
na esperança de que o documento fosse suficiente para que os peritos tomassem
como base para examinar o Brasil. Mas, conforme o UOL revelou com
exclusividade, o informe tratava das questões de direitos humanos apenas até o
final de 2018 e não explicava o que havia sido feito no governo Bolsonaro.
Entre as entidades da sociedade civil, o documento foi tachado de "informe
fake", por simplesmente esconder tudo o que foi implementado desde o
início da atual gestão.
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