03 março 2022

Coisa coisada: Novo diretor da PF decide trocar comando de setor que investiga Bolsonaro

A Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da Polícia Federal passará por mudança mais uma vez e terá um novo delegado responsável, o quarto desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL). A Dicor é uma das áreas mais sensíveis da polícia. A ela está vinculada a equipe encarregada de tocar os inquéritos que miram políticos que estão no cargo, incluindo o presidente da República. Uma das investigações apura se Bolsonaro interferiu no comando da PF para proteger parentes e aliados, suspeita levantada pelo ex-ministro da Justiça e presidenciável Sergio Moro. Essa é uma das mudanças já definidas pelo novo diretor geral da Polícia Federal, Marcio Nunes. Outras diretorias também vão ser trocadas. O atual diretor é Luís Flávio Zampronha, que está no cargo desde abril do ano passado, quando Paulo Maiurino assumiu como diretor geral. Um dos nomes avaliados para substituí-lo é o do delegado Caio Rodrigo Pellim, atualmente na Superintendência Regional do Ceará. As diretorias de Inteligência, Técnico-Científica e Gestão e Pessoal também devem mudar. As trocas devem ser formalizadas nos próximos dias no Diário Oficial da União. A PF convive com uma série de mudanças desde o início do governo Bolsonaro. Márcio Nunes é o quarto diretor-geral em menos de 40 meses. Na área de corrupção, a polícia registrou uma queda brusca de prisões no âmbito de operações nos últimos meses. Após sua exoneração, o ex-diretor geral postou foto de uma paisagem em uma rede social e escreveu que "navegar é preciso". Em outra publicação, reproduziu o filósofo romano Séneca: "As grandes injustiças só podem ser combatidas com três coisas: silêncio, paciência e tempo".


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