07 fevereiro 2022

PGR: Aras usa casos de racismo e homofobia para se distanciar do bolsonarismo

O procurador-geral da República, Augusto Aras, tem usado casos de racismo e homofobia cometidos por aliados de Jair Bolsonaro (PL) para tentar se distanciar da pecha de aliado do presidente. Omissa em relação às ofensivas de Bolsonaro contra as instituições e inerte em relação a indícios de irregularidades no governo, a PGR já pediu abertura de inquéritos contra três pessoas próximas do Palácio do Planalto. São elas o ex-ministro Abraham Weintraub, por racismo contra a China, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), por preconceito racial, e, agora, o alvo foi o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia em entrevista concedida 16 meses atrás. Nos bastidores da Procuradoria, o movimento de Aras é visto como uma forma de se afastar da fama de bolsonarista e também como uma estratégia para afirmar que manteve a linha histórica de atuação do órgão na defesa dos direitos humanos. A maioria das denúncias é assinada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que sempre foi muito respeitado dentro da instituição. Após assumir o cargo de número 2 de Aras, entretanto, passou a sofrer duras críticas internas. A ministra Rosa Weber, uma das mais discretas do STF, já afirmou que Aras não pode ser um "espectador das ações dos Poderes da República" ao rejeitar pedido para que irregularidades surgidas na CPI só fossem analisadas pela PGR ao final da comissão.


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