25 fevereiro 2022

Contra vacinas e judeus: Quem é o pastor preso por discurso de ódio

O pastor Tupirani da Hora Lores, preso ontem em uma operação da Polícia Federal por suspeita de produzir e divulgar vídeos com ataques a judeus e apoiando a discriminação de gays, não é novo na cena da intolerância religiosa e lida com denúncias por crimes de ódio há mais de uma década. Desde 2009, a Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, criada por ele no bairro de Santo Cristo, na zona portuária do Rio de Janeiro, em 2000, já foi alvo de mandados de busca e apreensão ou de prisão contra ele pelo menos outras duas vezes. Atualmente, ele responde pelos crimes de racismo, ameaça, incitação e apologia ao crime. O discurso do pastor — que se diz antipolíticos, contra a Igreja Universal e se intitula como "o último Elias", em referência ao profeta bíblico que viria à terra antes da volta de Cristo — se assemelha ao de alguns nomes da extrema-direita, levantando questões contra a homossexualidade, propagando falas racistas e pregando até mesmo a volta da ditadura no Brasil. Nas redes sociais, não há perfis públicos no nome de Tupirani. Os seguidores da igreja dele, porém, costumam manter o nome do líder religioso vivo ao publicar fotos com frases de efeito pregadas por ele. Outros, além das fotos, disseminam notícias falsas contra a vacina e vídeos com trechos de cultos. Em um deles, com o título "Fim do STF", o pastor fala que "juiz, para a gente, é só um camarada vestido com uma roupa de palhaço" e pergunta "cadê o exército?".


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