28 fevereiro 2022

Com resistência ucraniana e sanções contra Rússia: O que sobra para Putin?

A velocidade com o qual o mundo isolou uma parte considerável do universo comercial e financeiro da Rússia, bem como importantes tomadores de decisão, empresários e seus familiares, chamou a atenção de muitos em todo o mundo e, em especial, de Vladimir Putin. Até duas semanas atrás, Putin se encontrava em um jogo onde a vantagem era dele. Ao posicionar um volume monstruoso de suas tropas ao longo da fronteira ucraniana, o líder russo tinha líderes de toda a Europa, além dos Estados Unidos, buscando oferecer incentivos para que ele abandonasse a ideia de invasão. O presidente americano Joe Biden chegou a oferecer uma "paralisia" no processo de adesão da Ucrânia a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de vários anos. Boris Johnson, do Reino Unido, Emmanuel Macron, da França, Olaf Scholz, da Alemanha: todos tentaram tudo que era possível para que Putin fosse demovido da ideia de invasão. Nesse momento, Putin tinha uma vantagem comparativa bem ampla em relação à Ucrânia e aos principais países da OTAN: todos estavam dispostos a negociar, a China havia firmado um acordo comercial forte com a Rússia e a alta nos preços das commodities beneficiavam as próprias exportações russas. Em questão de dias, Putin viu tudo desmoronar, num movimento onde seu blefe foi mal dado, seu serviço de inteligência não antecipou a forma como o exército e o povo ucraniano defenderiam seu país, nem como outros países colaborariam com equipamentos militares e dinheiro para sustentar a defesa ucraniana.


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