18 dezembro 2021

Inflação corrosiva: Em 2019, salário mínimo comprava 70 litros a mais de gasolina

Os motoristas brasileiros têm motivo para sentir saudade do início do governo do presidente Jair Bolsonaro. Em janeiro de 2019, o salário mínimo da época comprava 70 litros mais gasolina comum do que é capaz de bancar atualmente, quase três anos depois. Há 35 meses, o preço médio do combustível no país, aferido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), era de R$ 4,268, o que permitia adquirir 233,8 litros de gasolina comum com o piso nacional, na época em R$ 998. Agora, em dezembro de 2021, com os atuais R$ 1.100 só é possível pôr no tanque 163,9 litros por mês, uma queda de 30%. Se a intenção do salário mínimo fosse a de suprir essa diferença e devolver aos consumidores o poder de comprar esses 70 litros perdidos, o mínimo deveria ser reajustado para R$ 1.568, e não para os R$ 1.169 previstos na proposta de orçamento para 2022, enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso em agosto.


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