28 novembro 2021

Oito anos depois: Justiça vai se pronunciar sobre boate Kiss

As chamas que destruíram a Boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, mudaram para sempre o destino das cerca de 1.300 pessoas que participavam de uma festa universitária na madrugada de 27 de janeiro de 2013. A casa noturna tinha capacidade para 690 pessoas. Mas, naquela noite, estava superlotada, com um público quase duas vezes maior. Em questão de minutos, a Kiss transformou-se em um inferno, do qual muitos não conseguiram sair. Passados quase nove anos, o Rio Grande do Sul e o país voltam a se deparar com a tragédia. O dia 1º de dezembro vem com a expectativa de um desfecho para o caso, aguardado pelos familiares das 242 vítimas e para os sobreviventes da tragédia. “É o último momento que a gente tem para gritar”, define Vanessa Vasconcellos, 32 anos. Ela é irmã de Letícia Vasconcellos, funcionária da Kiss. À época com 36 anos, Letícia não conseguiu escapar do incêndio. O julgamento no Foro Central de Porto Alegre terá quatro réus e pode durar até 15 dias. Respondem às acusações os sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr (Kiko) e Mauro Londero Hoffmann; e os músicos Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava naquela noite. Eles serão julgados por um Conselho de Sentença, no Tribunal do Júri. Os réus responderão por homicídio simples (242 vezes consumado — pelo número de mortos —, e 636 vezes tentado — pelo número de feridos).


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