10 outubro 2021

Saúde: Recomendada aos idosos, caminhada pode prevenir doenças do cérebro

Todos os dias, o aposentado Francisco Poço costuma caminhar por cerca de meia hora ao redor de seu condomínio. Prestes a completar 94 anos, ele precisou interromper esse hábito durante a pandemia -e sentiu falta. Para ele, caminhar "distrai dos problemas e ajuda a pensar melhor", além de proporcionar melhores noites de sono, "dar mais apetite" e incentivar uma alimentação melhor. Em suas palavras, quando faz suas caminhadas com frequência, "tem mais ânimo de viver". A percepção de Francisco é comprovada pela ciência. Estudos que acompanham pessoas idosas que praticam atividades aeróbias, como a caminhada, com frequência, indicam melhora nas habilidades cognitivas (que incluem o processamento de informações, a memória, o raciocínio e a linguagem). "Tais efeitos devem-se, provavelmente, a um aumento do fluxo sanguíneo no cérebro, e portanto, do transporte de nutrientes", explica o neurologista Marcelo Freitas Schmid. Ele também cita evidências do aumento na atividade dos neurotransmissores -que levam sinais de um neurônio a outro- logo após o exercício, além de efeitos a longo prazo sobre as estruturas do cérebro. O benefício é verificado em pacientes de todas as idades. Em crianças, por exemplo, maior capacidade aeróbia (que é o controle da respiração durante exercícios) é associada a um desempenho melhor em matemática. Mas para os idosos, ele é ainda mais importante.


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