23 outubro 2021

Política econômica: Mercado vê maior salto de juros em 21 anos com teto de gasto sob risco

As recentes movimentações econômicas e a chance de o governo furar o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil, programa idealizado para substituir o Bolsa Família, fizeram o mercado financeiro revisar suas apostas e prever a maior alta da taxa básica de juros desde 2002. Na avaliação das instituições financeiras, o pagamento do novo benefício no valor de R$ 400 vai estimular a inflação e exigir um aumento dos juros em ao menos 1,25 ponto percentual na próxima quarta-feira (27), o que elevaria a Selic ao patamar de 7,5% ao ano. Desde o início do século, a Selic só subiu mais de 1 ponto percentual em duas oportunidades: em junho de 2001 (de 16,75% ao ano para 18,25% ao ano) e em dezembro de 2002 (de 22% ao ano para 25% ao ano). A alta de 1,25 ponto percentual da taxa básica de juros se tornou a aposta dos bancos Credit Suisse, JPMorgan e Morgan Stanley. O UBS BB foi mais arrojado e passou a prever que a Selic deve avançar 1,5 ponto percentual, a 7,75% ao ano.


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