27 setembro 2021

Ministro da Saúde: Queiroga vive pior momento e se agarra ao cargo com acenos ao bolsonarismo

Seis meses à frente do Ministério da Saúde, ciclo que completou isolado em Nova York para cumprir quarentena da Covid-19, o médico Marcelo Queiroga vive seu pior momento no governo federal. O ministro promove uma série de agrados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para se agarrar ao cargo, ainda que contrarie técnicos da própria pasta e desgaste a relação com os gestores do SUS (Sistema Único de Saúde). Os acenos ao bolsonarismo ofuscam avanços na campanha de vacinação e a queda das internações na pandemia. Escolhido para assumir a Saúde no auge da crise sanitária e substituir o general Eduardo Pazuello, Queiroga foi apresentado como técnico. Ele abriu a gestão defendendo máscara e vacina, mas passou a concentrar esforços nas pautas sensíveis ao bolsonarismo. Para agradar ao presidente, o médico autorizou estudos sobre desobrigar o uso das máscaras, afastou da Saúde nomes vetados por apoiadores do governo e usou argumentos frágeis ao tentar impedir a vacinação de adolescentes sem comorbidade. Queiroga também fez gestos obscenos e mostrou o dedo do meio na segunda-feira (20), nos Estados Unidos, a manifestantes que protestavam contra Bolsonaro.

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