Na decisão em que determinou a abertura
da Operação Akuanduba, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, registrou que um relatório de inteligência financeira indicou
'movimentação extremamente atípica' envolvendo o escritório de advocacia que
tem como sócio o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Segundo Alexandre,
o documento cita transações de 2012 até junho do ano passado que somam R$ 14,1
milhões. Alexandre determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscais de
Salles, assim como os de outros 22 alvos da investigação em que a Polícia
Federal mira 'grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos
florestais'. Além das transações que envolvem Salles, a PF comunicou ao Supremo
que encontrou diversas comunicações ao Conselho de Controle de Atividades
Financeiras de 'operações suspeitas' envolvendo o secretário adjunto de
biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Olivaldi Alves Azevedo Borges, e
duas empresas investigadas na 'Akuanduba'. Segundo Alexandre, tal 'situação que
recomenda, por cautela, a necessidade de maiores aprofundamentos'. Ao detalhar
a suposta participação do ministro no esquema sob suspeita, a PF chegou a
reproduzir falas do aliado do presidente Jair Bolsonaro durante a fatídica
reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020, ocasião em que Salles disse que
era preciso aproveitar a 'oportunidade' da pandemia do novo coronavírus para
'ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas'.
20 maio 2021
Reginaldo Monteiro

Administrador do Blog

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