07 abril 2021

Brasil: Médicos relatam estresse e pânico com pandemia de Covid-19

Lucas* é médico há pouco mais de um ano, mas já sente a necessidade de tomar medicamentos contra ansiedade para seguir em pé na profissão, ante o agravamento da pandemia do novo coronavírus. O profissional, que atua na linha de frente contra a Covid-19, relata que tem trabalhado até 108 horas por semana, o equivalente a pouco mais de quatro dias ininterruptos de trabalho, ou jornada diária de 18 horas (considerando uma semana com apenas um dia de descanso). “É sempre muito puxado. A gente acaba pegando plantões extras para suprir a demanda, pois a quantidade de pacientes tem sido cada vez maior. Eu acabei de sair de um plantão de 96 horas, por exemplo”, relata o médico, que optou por não se identificar. Lucas trabalha no Hospital Leonardo Da Vinci, em Fortaleza (CE), e em uma outra unidade de saúde, na cidade de Itaiçaba, a 265 km da capital cearense. O relato dele, contudo, não é exceção. O agravamento da pandemia no país – que atingiu, na terça-feira (6/4), novo patamar recorde, de 4.195 óbitos nas últimas 24 horas – tem impactado fortemente as relações pessoais de médicos.


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