20 janeiro 2021

Economia: Saída da Ford reflete processo de desindustrialização

O economista Nelson Marconi, que coordenou o programa econômico do então candidato a presidente da República Ciro Gomes (PDT) em 2018, vê o encerramento a produção local da Ford como mais uma etapa do processo de desindustrialização do país. “Fazer política industrial só para compensar desajuste macroeconômico não vai resolver os problemas”, afirma o coordenador do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo da FGV, em entrevista ao Metrópoles. Para Marconi, o governo deveria adotar um programa “claro” de incentivo ao setor automotivo com metas definidas para as companhias, que resultassem em maiores exportação e atração de etapas mais importantes da cadeia produtiva, além do desenvolvimento de tecnologias limpas. A Ford é um caso que está dentro de um contexto maior, deste processo de desindustrialização do país. E isso que é o mais complicado, é o que está gerando uma perda muito grande, tanto do ponto de vista produtivo quanto de empregos ao longo da cadeia. Aí, são empregos também de serviços e de vários setores da indústria. O encadeamento produtivo desse setor é bem relevante. A Ford não é um caso isolado. É lógico que tem um peso simbólico, que é relevante, mas é um processo que já vem acontecendo. Você já tinha dentro do setor automotivo outras fábricas fechando, e em outros setores também. O país está perdendo efetivo produtivo.


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