30 dezembro 2020

Em dois anos: Bolsonaro esvaziou órgãos que cuidam de questões ambientais, indígenas e agrárias

Cumprindo promessas e indicativos que deu durante a campanha eleitoral de 2018 e em boa parte de sua carreira política, Jair Bolsonaro ampliou de forma expressiva em seus dois primeiros anos de governo um processo de desmonte e esvaziamento dos órgãos responsáveis por cuidar do meio ambiente e das questões indígena e agrária. Como resultado, paralisia generalizada, embates internos, retrocessos, um ministro sob constante pressão para ser substituído –Ricardo Salles, do Meio Ambiente– e uma coleção de números negativos, o que, entre outras consequências, resultou em uma forte degradação da imagem do país no exterior. Paralelamente à precarização da infraestrutura e redução de verbas do principal órgão fiscalizador, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o desmatamento e as queimadas deram um salto no país. A estimativa é a de que mais de 11 mil km2 de florestas tenham sido destruídas na Amazônia Legal de 1º agosto de 2019 a 31 julho de 2020, alta de 9,5% em relação ao período anterior e a maior área desde 2008.


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